terça-feira, 22 de junho de 2010

Lojinha de Conveniências


[ A menina que colecionava selos, com sua bicicleta rosa e enfeites no guidom, passeava pelas ruas a procura de algo que julgava muito valioso. Foi quando resolveu entrar em uma lojinha de conveniências para talvez encontrar aquilo que tanto desejava.
  Ao chegar, procurou, procurou, e nada encontrou... Naquela lojinha de conveniências não havia nada de conveniente, muito pelo contrário.
  Então, chegou ao balcão e fez seu pedido:
  - Moço, oh moço. Quero 1kg de amor em pó, por favor.
  O balconista espantou-se com tal pedido e em zombaria respondeu-lhe:
  - Você está de brincadeira, não é!? Não vendemos isso aqui!
  Confusa e tristonha, a menina que colecionava selos, saiu sem entender o que se passava.
  Cabisbaixa, ela saiu direto para seu esconderijo preferido.
  De lá podia-se ver toda a cidade.
  Seus prédios e casas.
  Ela não queria muito. Almejava lá do alto espalhar o tão valioso pó sobre toda a cidade, na esperança de levar amor, nem que fosse em pó, para a vida das pessoas que não o tinham, que o desconheciam.
  Quão boba possa parecer sua atitude, mas são tão raras que por mais boba possa ser, sempre será de grande valia.
  Bobo, mas não fútil... Fútil se é para aqueles pobres coitados de coração impuro que desconhecem a valia de um amor de verdade. ]

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