quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O Amanhã



[ Lavei minhas mãos na correnteza
  Onde abandonei meus sapatos.
  Meus trapos...
  Minha alma...
  Sucumbi.
  Minhas pernas pesavam
  Emaranhadas por correntes invisíveis.
  Não lutei.
  Então flashes alaranjados
  Surgiram como magia.
  Resgatando minh'alma, até então, perdida.
  As correntes esvaíram feito pó.
  Meus trapos transmutaram
  Em trajes de branco límpido.
  Parte de mim morre no hoje...
  Porém, minhas cinzas estarão espalhadas
  No amanhã. ]

domingo, 10 de outubro de 2010

Permita

[ O vento calou-me.
  Soprou todas as palavras aprisionadas em meus
  Pensamentos.
  Quero o intento de agraciar-te em
  Canção.
  Em versos simples,
  Carregarei toda e qualquer
  Poesia.
  Permita aos vossos
  Olhos,
  Liberdade.
  Para que seguireis na
  Infinitude
  Minha alma liberta
  Por teu supremo
  Amor. ]

sábado, 9 de outubro de 2010

Rastros...





[ Fisguei-me por uma brilhante estrela.
  Seus raios luminosos atraíram-me.
  Completara o brilho 
  Que há tempos, faltava em meu olhar.
  Estranha fonte extrasolar.
  Ato-me em teu rastro.
  Desbravando este Espaço errante.
  Sob sossego lunar 
  Perdura-me infinita.
  Em troca
  Guardar-te-ei em meu sorrir. ]

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Cansaço

[ Meu peito anseia por partir.
  Embora, meu pensamento racional
  Persista para que eu fique.
  Por hora, encontro-me
  Abrigada no tormento.
  Liberto minha'lma.
  Para que ela possa elevar-se
  Rumo aos Céus. ]

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Grito ao Amor




[ Quão estranho o é.
  O amor invadir meu peito.
  Sem que ao menos exista alguém afortunado a recebê-lo.

  Meu peito grita.
  Gritos ao amor independente.
  Onde bebo goles de sobriedade concentrada.
  Onde meus pés descalços permanecem em terra firme.
  E meus pensamentos alçando vôos longíquos.

  Meu coração se desmancha.
  É quando o sangue escorre pulsante em minhas veias.
  Bombeando vitalidade espalhada em meu corpo são.

  Não possuo laços.
  Entre entrelaços me recuo em uma fuga constante.

  Eu vou seguir.
  Quero voar.
  Voar alto por entre os céus inabitados.
  Espalhar estrelas pelo bréu da solidão.

  Eu vou seguir.
  Quero correr.
  Correr em campos de verde macio.
  Plantar felicidade em terras insalumbres.

  Eu vou seguir.
  Quero voar.
  Quero correr.
  Quero fugir.

  Eu vou seguir.
  Quero amor emaranhado em meu peito.
  Eu vou seguir.
  E a esse amor entrego meu coração por completo. ]

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Entre aspas




[ Sento-me no banco dos réus.
  E em sinal de juramento
  Comprometo-me dizer-lhe apenas a verdade.


  Abre aspas...


  Durante todo aquele tempo que passamos juntos.
  As oito e tantas horas de carinhos dedicados.
  Outras tantas de olhares que apenas se observavam, nada mais.
  Quão prazeroso foi sentir teu beijo pela primeira vez.
  Era como se nossos Mundos estivessem vinculados.
  Tudo, de fato, estava inteiramente entrelaçado.
  Mas em meio as tantas horas que se passavam
  Teu beijo, para mim, fazia-se vazio.
  Tal qual o abismo que se abriu entre nossos Mundos,
  Já não mais vinculados.
  A doçura dos teus beijos tornou-se azedume em minha boca.
  E nada podia-se fazer.
  Nossas mãos postas.
  E nossos corações à deriva.
  Hoje, apenas aceno-te com meu Olá que espera o teu Adeus.
  E após as oito e tantas horas passadas
  Nossos destinos e nossas histórias 
  Serão escritas em linhas contrapostas...


  Fecha aspas! ]

domingo, 3 de outubro de 2010

Moradia



[ Minhas paredes são feitas de sonhos.
  Proteção é o que ofereço-lhe.
  Teu alimento é o amor que nutre minhas veias enraizadas.
  Permaneça o tempo que lhe convir.
  Minhas portas permanecerão abertas para acolher-te.
  Por hora, encontro-me sem hóspedes.
  Porém, vez ou outra, um alguém aventureiro vem visitar-me.
  Um pernoite, um dia e outro, e logo o adeus, nada mais.

  Sustento-me por aqueles que me são fiéis.
  Que durante suas jornadas sempre concedem-me um tempinho para preencher-me.
  Embora não possam viver em minha morada,
  Suas assinaturas cultivam-se por toda parte.
  De muitos não sei o nome, mas costumo chamá-los de Amigos.
  Caracterizados por uma cândura inexplicável.
  Porém, infinitamente sentida.
  E é com imenso prazer que os recebo.

  Logo, sinto a ausência dos Furacões.
  E de toda a sua imponência.
  Ficarei à mercê dos ventos.
  Na esperança da bem-aventurança. ]