quinta-feira, 8 de julho de 2010

Entre o Céu e o Inferno

[ "Parte da minha madrugada e de meu sono perdido, se fez por minha meditação de tudo o que se passa na Terra. Todos os acontecimentos possíveis e impossíveis, dos prováveis aos mais improváveis. Talvez certa indagação não me leve a lugar algum. Talvez confunda ainda mais minha cabeça, eu não sei. Mas, como não posso controlar minha mente, só me resta tentar entender, ou ao menos arranjar uma explicação aceitável para tais fatos. Ou simplesmente não aceitá-los e muito menos engolí-los, vai se saber. Quando pequenina eu, assim como toda criança, não entendia muito das coisas do mundo, as atitudes tomadas pelas pessoas, ou coisas do tipo. Porém, com o passar dos anos, mesmo não tendo muita idade, passo a saber avaliá-los da devida forma. Ou ao menos tento! De uns tempos pra cá, um ano para ser mais precisa, venho me deparando com coisas absurdas, mas não é uma cena de filme, uma trama de teatro, uma notícia de jornal ou revista, muito menos acontece na vida de um amigo, do amigo, do amigo de um conhecido meu, elas acontecem ao meu redor, na minha vida e com as pessoas que fazem parte dela. Seria errado colocar fé, por assim dizer, em alguém que você acha que pode confiar? Um amigo. Um parente. Se não podemos confiar em alguém que faz parte da nossa família, como confiar em alguém que está fora dela? Tornasse lúdico até. Tudo o que você escuta não condiz com o que você vê, com o que você presencia. Meu peito por vezes ficou apertadinho. Impaciente, minha cabeça foi ficando cada vez mais confusa. Todas as lembranças guardadas na minha infância que relacionavam tal pessoa, se esvaíram. Aquela parte de meu alicerce, se fez pó. Argumentos de pura insanidade são o que ouço agora. Mentiras. Farsas. E mais mentiras. Nunca tive o estômago forte para tais falsidades. E por mais que eu encare de peito aberto, esse mesmo peito torna-se a machucar com cada "novidade" dessa história, por hora, sem fim. Dissimulações. Máscaras. Aqueles até então aliados, assim já não o são mais. E os outros na incumbência de deter, nada fazem. Os vilões da trama sem fim, continuam enganando e saqueando os mocinhos indefesos. E eu, narradora dessa história, faço e defendo aquilo que acredito ser o mais certo, o mais sensato, talvez. Só quero que minha mocinha fique bem, é o que peço, é o que quero, é o que importa para mim no momento. Embora que violência não se responda com violência, para mim, crueldade não se responde com perdão. Acredito que todos nós somos conscientes de nossos atos, sejam eles bons, ou principalmente, ruins. Não quero pregar nada, só quero que façam algo, que tomem uma atitude, pequena que seja, mas já é um grande começo. Ao menos é melhor que fingir estar de olhos fechados. Não sou santa nem tampouco Deus, só quero ser alguém que no final pude olhar para trás e não ter remorso daquilo que não fiz". ]

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