domingo, 3 de outubro de 2010

Moradia



[ Minhas paredes são feitas de sonhos.
  Proteção é o que ofereço-lhe.
  Teu alimento é o amor que nutre minhas veias enraizadas.
  Permaneça o tempo que lhe convir.
  Minhas portas permanecerão abertas para acolher-te.
  Por hora, encontro-me sem hóspedes.
  Porém, vez ou outra, um alguém aventureiro vem visitar-me.
  Um pernoite, um dia e outro, e logo o adeus, nada mais.

  Sustento-me por aqueles que me são fiéis.
  Que durante suas jornadas sempre concedem-me um tempinho para preencher-me.
  Embora não possam viver em minha morada,
  Suas assinaturas cultivam-se por toda parte.
  De muitos não sei o nome, mas costumo chamá-los de Amigos.
  Caracterizados por uma cândura inexplicável.
  Porém, infinitamente sentida.
  E é com imenso prazer que os recebo.

  Logo, sinto a ausência dos Furacões.
  E de toda a sua imponência.
  Ficarei à mercê dos ventos.
  Na esperança da bem-aventurança. ]

2 comentários:

  1. Minha nossa! isso é a minha cara! liiindo Renata:O


    Aline!

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  2. Belissimo.

    A poesia sopra em tuas letras.

    beijo boa semana

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