segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Entre aspas
[ Sento-me no banco dos réus.
E em sinal de juramento
Comprometo-me dizer-lhe apenas a verdade.
Abre aspas...
Durante todo aquele tempo que passamos juntos.
As oito e tantas horas de carinhos dedicados.
Outras tantas de olhares que apenas se observavam, nada mais.
Quão prazeroso foi sentir teu beijo pela primeira vez.
Era como se nossos Mundos estivessem vinculados.
Tudo, de fato, estava inteiramente entrelaçado.
Mas em meio as tantas horas que se passavam
Teu beijo, para mim, fazia-se vazio.
Tal qual o abismo que se abriu entre nossos Mundos,
Já não mais vinculados.
A doçura dos teus beijos tornou-se azedume em minha boca.
E nada podia-se fazer.
Nossas mãos postas.
E nossos corações à deriva.
Hoje, apenas aceno-te com meu Olá que espera o teu Adeus.
E após as oito e tantas horas passadas
Nossos destinos e nossas histórias
Serão escritas em linhas contrapostas...
Fecha aspas! ]
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