[ Quanta raiva do mundo, sinto.
É como faca que rasga meu peito.
Dilui tudo aquilo que tento ser
Em jorradas de sangue de meu tortuoso viver.
Nada nesse mundo faz sentido.
E o sem sentido atordoa minha mente.
As pessoas já não são as mesmas.
Atitudes incontestáveis.
Absurdas.
Descaradas.
Onde a sua nova tendência
É fazer o mal.
Maldizer daqueles que verdadeiramente
Valem a pena.
O que posso dizer
Além de que meu pranto
Invade minha alma?
Nada tenho a dizer além do quanto sinto.
Nada tenho a dizer além do quanto me entristeço.
Nada tenho a dizer além de quantas vezes a esperança se fez ausente.
Apenas o pretume de soluções vazias nos resta.
Não me conformo
Em ter que me conformar
Que nada se possa fazer
Para que as coisas fatalmente mudem.
Indigno-me com tal realidade.
Enquanto alguns clamam justiça
Outros cantam vitória
E nada acontece.
E nada muda.
E nada... ]
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