[ Uma olhadela.
Apenas uma.
Transportou-me para um Universo inconstante.
Viajei por teus olhos ingênuos à primeira vista.
E lá bailei com teu infinito sorriso.
Ao som de harpas e violinos.
As palavras abandonaram meu pensar.
Teu semblante é unicamente inexplicável.
Nenhuma palavra poderia descrever-te.
Indecifravelmente indecifrável o é.
Nunca foi tão infinitamente bom
Encontrar-me sob felicidade plena.
Um brincar de sensações.
Permaneço aprisionada em teus inocentes olhos de menino.
À procura do antídoto
Para não mais querê-los…
Para não mais desbravá-los…
Porém os caminhos são tempestuosos.
Perdida…
Como residente de um labirinto inacessível.
E quando pensei estar perto de voltar a realidade.
Teus olhos provaram-me o quão vulnerável tornei-me.
Um amor aqui guardado.
Mofado…
Por tempos percorro e nada vejo.
Sem música.
Sem harpas.
Ou violinos.
Sem saída…
Talvez o Sol torne a brilhar em minhas manhãs.
Talvez a Lua me ajude nessa interminável busca.
Talvez as palavras reconstruam meus caminhos.
Ou talvez deva apenas abrir meu coração
E deixar que o infinito amor me guie novamente.
Fecharei os olhos e voltarei a sonhar… ]