domingo, 22 de agosto de 2010

Era uma vez...

[ Lisley, uma garota de 9 anos, nascida em Montreal.
  Passava boa parte do dia, escondida debaixo da cama.
  Um mundo submerso.
  Um mundo só dela.
  Onde princesas e príncipes encantados
  Encontram-se protegidos
  Dos vilões tão temidos.


  Um mundo de faz-de-conta
  Onde apenas o Bem reina.
  A corte era feita com toda garbosidade.
  Haviam bailes durante várias noites.
  Luzes, brilhos, e um toque aveludado de puro charme.


  Porém, logo alí fora
  Permanecera o mundo real
  Que ela tanto estremecia
  Ao saber que deveria retorná-lo.


  Realidade transportada para ilusão
  Ou fantasia trasmutada para realidade?


  Qual dos dois de fato deve-se temer?]

sábado, 21 de agosto de 2010

Hope



[ Fui embora, como guerrilheiro afastado
  Que abandona seu posto perante a guerra.
  Abandonei minhas crenças...
  Meus sonhos, por outro lado,
  Esvaíram por entre os meus dedos.
  Mas a esperança,
  Ainda permanece tatuada em meu velho peito. ]

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Reflexo



[ Ser o que se é.
  É unicamente Ser.
  Nada além disso.


  Ser o que não é.
  É puramente a mancha disforme impregnada no espelho.


  No reflexo há apenas nuvens acinzentadas do vapor. ]

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Nua



[ Cá estou Só.
  Deixo minhas feridas expostas ao Sol.
  Sinto-me Nua por completo.
  Liberto é meu peito deveras esmurecido.
  Apagado.
  Ele ressoa o tão enjaulado grito de libertação.
  Proclamado pela dor pungente sentida.
  Que Canta...
  Anuncia... ]

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Desintoxicando-me

Descobri que não vale à pena insistir
  Em coisas ou até mesmo pessoas
  Que só nos deixam mal,
  Que nos machucam...


  Quero desintoxicar meu sangue.
  Drenar todas as impurezas que permeiam meu coração.
  E por fim, beber algumas meras doses de felicidade. ]

domingo, 15 de agosto de 2010

Alçada



[ Deixei o velejador ir embora.
  Para sempre, talvez.
  Para sempre...


  Meu corpo...
  Minha mente...
  Anseiam por outros ventos...
  Outros mares...
  Novas aventuras de amor... ]

Frequência...





But for now
Jamie Cullum

Sure I know you'd like to have me
Talk about my future
And a million words or so to fill you in about my past
Have I sisters or a brother
When's my birthday how's my mother
Well my dear in time I'll answer all those things you ask

But for now I'll just say I love you
Nothing more seems important somehow
And tomorrow can wait come whatever
Let me love you forever but right now
Right now

Some fine day when we go walking
We'll take time for idle talking
Sharing every feeling as we watch each other smile
I'll hold your hand you'll hold my hand
We'll say things we never had planned
Then we'll get to know each other in a little while

But for now let me say I love you
Later on there'll be time for so much more
But for now meaning now and forever
Let me kiss you my darling then once more
Once more

But for now let me say I love you
Later on I must know much more of you
But for now here and now how I love you
As you are in my arms I love you
I love you
I love you...

Mas por ora
Jamie Cullum

Com certeza eu sei que você gostaria de me ter
Falar sobre meu futuro
Ou um milhão de palavras ou mais para te satisfazer sobre meu passado
Se eu tive irmãs ou irmãos?
Quando é meu aniversário? Como é a minha mãe?
Bem, minha querida, com tempo eu responderei todas estas coisas que você tem perguntado.

Mas por ora, eu apenas direi que eu te amo
Nada me parece ser tão importante, de algum modo
E amanhã pode esperar vir o que quer que seja
Deixe me amá-la para sempre, mas agora mesmo
Agora mesmo

Em um dia bonito enquanto estivermos caminhando
Nós teremos tempo pra conversar sobre as coisas pendentes
Compartilhando cada sentimento enquanto vemos o sorriso um do outro
Eu segurarei tua mão, você segurará a minha
Falaremos de coisas que nunca planejamos
Então conheceremos um pouquinho mais do outro

Mas por ora, deixe-me dizer que eu te amo
Mais tarde, haverá tempo pra muito mais
Mas por ora, significando agora e para sempre
Deixe-me beijá-la, minha querida então uma vez mais
Uma vez mais

Mas por ora, deixe-me dizer que eu te amo
Mais tarde, eu saberei muito mais de você
Mas por ora, aqui e agora, como eu te amo
Enquanto você está em meus braços, eu te amo
Eu te amo
Eu te amo




sábado, 14 de agosto de 2010

Análise

[ Por uma semana meu peito tornou-se a parte mais entristecida de meu corpo.
  Um misto de sentimentos, pensamentos, conclusões, suposições...
  Pensei até mesmo em atuar como minha própria psicóloga.
  Analisar cada partícula de raciocínio existente em minha confusa mente.
  E através das minhas próprias análises, poder avaliar as ações cometidas pelas outras pessoas.
  Porém, não tenho tido muito sucesso.
  Cada dia que passa o ser humano me parece mais sem sentido.


  Por vezes penso que deveria me tornar uma pessoa fria, mesquinha, de um egoísmo extremista, que pouco importa se os outros estão realmente bem ou não.
  Percebo que esse é o perfil mais respeitado, mais procurado, ou até mesmo mais "amado".
  Você tem que tratar mal para receber um afago.
  Ser da mais estúpida grosseria para ser reconhecido.
  E por fim, não dar a mínima para o bem estar daqueles que se gosta, para conseguir um pouco de atenção.


  Essa é a fórmula para o sucesso social?
  Será que as pessoas só te dão o devido valor se você as serví-las do seu mais refinado esnobísmo?
  Sendo assim, encontrarei apenas o insucesso à minha frente.
  Tentei por várias vezes ser um pouco diferente do que costumo ser.
  Controlar mais meus impulsos de sempre querer ajudar, de não querer ver mal aqueles que tenho tanto carinho.
  Mas como falei, parece que o ser humano não gosta muito disso.
  Ou talvez as pessoas que teimam em cruzar meu caminho, são todas (ou boa parte) desse tipo.
  Talvez o insucesso social me rodeie por todo o sempre.
  Por fim, só posso dizer que o que ainda acende a chama da felicidade em meu peito é que felizmente dos poucos que passaram ou/e ficaram, souberam compreender e corresponder da forma mais correta.


  Então, viva os que não se permitiram infectar com esse tipo de atitude.
  Estarei de olhos atentos em minhas caminhadas pela vida, para poder ter o prazer de lhes encontrar ou quem sabe reencontrar. ]

quinta-feira, 12 de agosto de 2010



[ Hoje recebi um convite.
  Uma piscadela,
  Um sorriso sincero e aberto
  Que falavam-me um eterno "Vem cá!".


  Tentada fiquei!
  Quis ir embora, jogar tudo fora, pegar a carona para meu teto lunar.
  Mas minha carona se foi.
  E só resta-me agora ficar à admirar.


  Cá estou!
  Sentada no mais alto cume
  Oferecendo meus mais belos sorrisos
  A Lua que me cativou. ]

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Desconsolo

[ Meu peito chora.
  Incessantes são as lágrimas que caem.
  Um rio de tristeza escorre.
  Percorre por todo o empalidecido semblante mórbido.
  Mente transtornada
  Transportada para um mundo tão pouco real.
  Incomuns são os acontecimentos.
  As folhas amargas do calendário são derrubadas,
  Arrancadas pelo tão brutal Tempo.
  E o fracasso apunhá-la o peito choroso.
  Devorando todas as esperanças
  Como animal carnívoro insaciável.
  Até mesmo a morte o abandonou.
  Porém, ele almeja sua passagem
  E sua recolhida. ]

terça-feira, 10 de agosto de 2010

[A]casos

[ De casos e acasos a vida vai sendo escrita.
  Dias furtivamente incomuns.
  Detalhes puramente sentidos.
  Experiência concreta.
  Palpável.
  Minhas veias anseiam pelo caos... ]

domingo, 8 de agosto de 2010

Olvidar...



[ Tudo o que preciso para o meu agora
  É esquecer que algum mundo existe.
  Concentrar-me apenas em decorar cada vala que permeia a Lua.
  E apenas isso!
  Por hora, meu ensejo permanece em manter-me escondida dentro de mim. ]

sábado, 7 de agosto de 2010

Bala de morango...






[ "Era quase 9h...
  Sexta, início de mais um fim de semana.
  Carros, ônibus... a mesma correria de todos os dias!
  E lá estava eu, em pé, dentro da topic milagrosamente vazia.
  Percorro pelas mesmas ruas engarrafadas pela corrida matinal.
  Uns ultrapassando outros para ver quem chega primeiro.
  Enquanto isso, os ponteiros do relógio são impetuosos em seus movimentos contra o horário marcado.
  Buzinas, vozes, risadas, gritos... era um barulho atormentador.
  Foi quando coloquei os fones de ouvido para fugir de toda aquela selva perturbadora.
  Cada pessoa que estava naquela topic, encontrava-se recolhida em seu Mundo particular,
  E eu estava ali visualmente viva, observando cada detalhe.
  Em um determinado momento, todo aquele caos havia emudecido para mim.
  Foi quando deparei-me com uma interessante cena.
  Em uma pequena banca de revistas localizada em uma gigante praça havia duas crianças,
  Suas idades estariam em torno de 3 à 6 anos.
  A mais novinha, tão pequenina, apenas observava (e por vezes também "fuçava") as bugigangas que estavam à venda na tal banca,
  Enquanto a maiorzinha, fazia seu pedido ao dono.
  Ela comprara cerca de oito bombons com embalagens super coloridas.
  Mas, talvez você se pergunte, o que tem de tão interessante em duas crianças comprarem bombons em plena manhã?
  De fato, talvez possa parecer bobo e sem nexo, mas as duas crianças que citei, eram duas crianças de rua.
  Suas vestes completamente desgastadas, sujas, tudo encontrava-se extremamente precário.
  Talvez um outro alguém não se importa com tal fato.
  É como sempre falo, cada um vê as coisas da sua maneira, o que torna a vida repleta de opções.
  Mas no meu ver, mesmo diante da situação que se encontravam,
  Talvez passando por coisas de profundo dissabor,
  Mesmo assim elas buscaram por algo que por alguns minutos trouxesse o sabor a doçura de ser criança..." ]

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Não é apenas EU TE AMO

[ " É tão relativo falar de Amor.
  Aquilo que se é importante para mim, talvez não o é para você, ou para quem quer que seja.
  Acredito que o que torna-se válido, é o sentimento propriamente dito.
  Não são palavras, textos, cartas...
  Isto são apenas bens palpáveis guardados em uma caixinha de lembranças no fundo daquela gaveta esquecida e empoeirada.
  Muitos resumem apenas em um simples "EU TE AMO"...
  Mas para mim é muito mais que isso.
  Por vezes não falamos absolutamente nada, mas nossos gestos, olhares, dizem tudo.
  É como se nossas cartas de amor estivessem subscritas nos movimentos de nossos corpos, narradas por nossos voluptuosos beijos, ou até mesmo, pela deixa do olhar...
  É quando estamos completamente entregues....
  Quando acreditamos na Veracidade desse sentimento....
  E nos deixamos ser levados por ele..." ]

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Saber

[ Quero engolir o mundo com meus olhos.
  Devorar tudo com um único olhar.
  Sinto fome do Saber! ]

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Devolve, Moço
(Ana Cañas)
Existe aqui uma mulher
Uma bruxa, uma princesa, uma diva, que beleza
Escolha o que quiser

Mas ande logo, vá depressa
Nem se atreva a pensar muito
O meu universo ainda despreza
Quem não sabe o que quer

Meu coração eu pus no bolso
Mas apareceu um moço
Que tirou ele dali
Não, isso não é engraçado
Um coração, assim, roubado
Bate muito acelerado

Devolve, moço
Devolve, moço
O meu coração do bolso

Devolve, moço
Devolve, moço
O meu coração do bolso


domingo, 1 de agosto de 2010

Barco de Papel

Ócio criativo - apenas alguns recortes, cola, e célebres frases de Antoine de Saint- Exupéry




[ O vento encontrasse favorável.
  Navego pelos mares até então jamais navegados.
  Seguindo a direção sugerida por minha bússola quebrada.
  Norte, Sul, Leste ou Oeste???
  Ora à bombordo.
  Onde a ventania movimenta a vela
  Conforme as batidas badaladas de um coração.
  Ora à estibordo.
  Onde aproximasse um temporal de emoções desconhecidas.
  Que direção devo seguir agora?
  Será que devo prosseguir pelas águas sossegadas
  E correr o risco de atracar em terras insalubres?
  Ou será que devo me aventurar por mares agitados,
  Que tragam-me satisfação,
  Mesmo sabendo que talvez possam deixar-me
  Completamente à deriva?
  E os ponteiros da bússola apontam para...??? ]