[ Fatos.
Fotos.
O vinil arranhado na vitrola quebrada.
E na minha estante do canto esquerdo da sala,
Encontrava-se a caixinha de vidro que
Emoldurava meu coração.
Tremores absurdamente inesperados,
Tremeram as bases de meu alicerce de puro concreto.
A estante estremeceu deixando cair a tão valiosa
Caixinha de vidro.
Os cacos estavam espalhados por todo o chão.
E meu coração, que estava guardado na caixa,
Agora encontra-se cheio de fragmentos.
Em ruínas, perfurado pelas míseras
Faíscas de vidro em pedaços.
O sangue jorra incessante.
Escorre por todo o chão da sala vazia.
Acompanhado pelas últimas batidas cardíacas.
Tumtum... Tumtum...
Tumtum...
Tum...
... ... ... ... ...
O silêncio pairava.
O céu de azul límpido pintou-se de cinza escuro.
As nuvens reuniram-se para velá-lo.
As andorinhas vieram dar seu último Adeus.
O mundo parou por alguns meros instantes.
Viu-se a aura branca sair pela janela.
Era a aura de um coração puro.
Estraçalhado pelas dores do Amor.
Então fez-se
O Luto. ]
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